Passagens aéreas: Especialista explica como comprar mais barato e não cair em golpe
Em Roraima o Procon contabilizou 53 reclamações relacionadas a remarcação, cancelamento e reembolso de passagens aéreas nos últimos 12 meses Por: Aymê Tavares e Francis Carvalho Os brasileiros estão sendo surpreendidos com o alto custo das passagens aéreas. Como é o caso da roraimense Grayce Maia, que mora atualmente em Curitiba, cidade do Paraná, e decidiu passar as férias em Boa Vista-RR com a sua família. “Comecei a sentir o aumento nos preços das passagens no início da pandemia, quando eu precisava de voos para cidades no sul do Brasil. Quando fui comprar as passagens de ida para Boa Vista, me espantei. Estavam em um valor que eu nunca tinha visto. Comprei na alta temporada e talvez isso tenha interferido no valor, mas ainda assim achei muito caro” destacou a farmacêutica. Cenário de alta não deve mudar tão cedo Segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA 15), as passagens aéreas no Brasil sofreram uma alta de 123%. A expectativa ainda é que esse aumento não pare. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), prevê para os próximos meses, uma alta entre 5% e 10% no valor pago pelo consumidor. O aumento se deve, o elevado custo do querosene de aviação e crescimento da demanda na procura por voos. O aumento se deve, ao elevado custo do querosene de aviação e ao crescimento da demanda na procura por voos. Se você está planejando uma viagem, fique atento Caso você esteja planejando uma viagem, a advogada especialista no direito do consumidor, Mileide Sobral, traz dicas de compras mais baratas. Ela explica que o serviço de aviação é um dos mais afetados economicamente e que não há como julgar abusivos determinados valores, devido à política de “livre precificação” das empresas, pois os fatores que levam aos preços altos variam constantemente. Por isso, o consumidor deve se programar com antecedência para comprar o bilhete. "A pessoa deve realizar pesquisas de preço e também de confiabilidade das empresas que estão oferecendo os serviços. Além do mais, a internet em si é uma grande aliada do consumidor, porque por meio da internet ele pode realizar busca em sites de solução de conflitos de consumo para saber se aquela empresa tem ou não reclamações" informou. A especialista alerta que o consumidor deve ficar atento na hora da compra, como na hora de escolher a forma de pagamento. "Sempre desconfie de valores que estão sendo praticados muito abaixo do mercado e de empresas que aceitam somente uma forma de pagamento imediatos, como o pix. Na hora do pagamento, opte pelo cartão de crédito, que é a forma mais segura" pontuou. (Foto: Francis Carvalho) Procon é uma alternativa para orientação e defesa do consumidor Caso o consumidor tenha problemas com essa compra, a primeira coisa é entrar em contato com a empresa de transporte aéreo, para que ele possa abrir junto com a empresa uma reclamação para tentar resolver o seu problema, além disso, qualquer cidadão que tiver algum direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC) violado ou dúvidas, pode procurar o Procon Assembleia. Para denunciar práticas abusivas ou qualquer outra demanda relacionada à relação de consumo, o cidadão pode ser atendido no Procon Assembleia no prédio da Superintendência de Programas Especiais da Assembleia Legislativa de Roraima, na avenida Ataíde Teive, 3510, bairro Buritis, das 8h às 18h, de segunda a sexta-feira, ou ainda pelos canais de atendimento remoto, via WhatsApp ([95] 98401-9465) e no site al.rr.leg.br/procon/