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Os ecos da polarização na travessia da comunicação

Produção experimental pretende revelar os segredos do debate democrático em meio à polarização política. Por Ana Paula Lopes, Ingryd Silva e Cleber Portugal *. Ao longo desta série, exploramos as raízes históricas da polarização política e suas implicações no campo da comunicação. Desde a Revolução Francesa, quando as primeiras definições de direita e esquerda começaram a se consolidar, até que ponto as ideias e disputas de convicções impactam a formação acadêmica dos futuros comunicadores. Na primeira matéria mergulhamos no mais significativo episódio político da história. Compreendemos como a Revolução Francesa deu origem à divisão ideológica que, mais tarde, culminaria em inúmeros acontecimentos importantes na história da humanidade e moldaria a política como conhecemos hoje, influenciando a maneira como pensamos, nos relacionamos e, principalmente, nos comunicamos. Posteriormente, navegamos na linha do tempo, destrinchando fatos históricos que foram diretamente impactados pela luta ideológica, consolidando os maiores sistemas conhecidos como Capitalismo e Socialismo .   A complexidade por trás dos rótulos Na sequência, desmistificamos a direita e a esquerda , mostrando que essas correntes políticas vão muito além dos rótulos e estereótipos. Entendemos como a direita defende um Estado limitado e a liberdade individual, conservando os valores tradicionais. Autores como John Locke propõe que uma sociedade prospera quando o Governo não se sobrepõe à vida privada. Por outro lado, exploramos como a esquerda, conforme exemplificado por Karl Marx e Sidney Tarrow, prioriza a coletividade, e a igualdade social e um Estado robusto que proteja os mais vulneráveis. O impacto dessas ideologias não se limita à teoria política e permeia também nas salas de aula das universidades. Talvez o capítulo mais revelador tenha sido quando adentramos a academia, onde os futuros comunicadores são formados. No episódio sobre polarização no campus , abordamos como o ambiente acadêmico pode moldar a visão dos futuros comunicadores, criando uma batalha de narrativas que, muitas vezes, limita o pensamento crítico e a diversidade de ideias.   Comunicação: Ponte ou muralha? Agora, ao chegarmos ao final dessa jornada, fica claro que a comunicação exerce uma força crucial nos rumos da história. Conectando todos os pontos, percebemos que, ao longo da história, a mídia que deveria servir como ponte entre as diferenças, muitas vezes foi uma muralha. Em tempos de crescente polarização, o desafio da cobertura jornalística é fomentar um debate mais plural e mediar de forma efetiva a diversidade de opiniões. A chave pode estar na luta pela verdade. Neste cenário fragmentado, cabe ao comunicador resgatar o diálogo e a compreensão mútua, construindo pontes entre ideias divergentes e promovendo um jornalismo que seja, antes de tudo, uma ferramenta de mediação e compreensão da realidade. O que percebemos, desde o início, é que a polarização não é apenas um debate de opiniões, mas um reflexo de um mundo em busca de identidade, verdade e, talvez, redenção.   * Grupo 1. Conteúdo experimental produzido no escopo da disciplina JOR53 – Jornalismo Especializado I.

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