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Vozes indígenas online: A nova geração do Movimento Indígena

Confira o potencial da internet como ferramenta de transformação e influência para os jovens indígenas.

 

Por Amanda Araújo, Lilian Morais e Ana Luiza Cardoso*.

A internet e a nova forma de fazer política, e o movimento indígena. Foto: Samantha Rufino.

A internet tem se tornado uma ferramenta de comunicação para muita gente, é de fato uma nova forma de fazer política, e o movimento indígena não fica de fora. O uso das redes sociais para educar e manter viva a tradição, é uma forma de resistência e empoderamento para diversas pessoas. Além disso, se torna uma ponte entre comunidades, etnias e a diversidade, permitindo que as vozes indígenas sejam ouvidas em escala global, denunciando injustiças, violências e violações de direitos humanos, ao mesmo tempo em que celebram a cultura e a identidade indígena.

Caíque Souza, do povo Wapichana, fotojornalista e assessor de comunicação do CIR. Foto: Arquivo pessoal.

“No Conselho Indígena de Roraima (CIR), faço um trabalho de fotojornalismo e utilizamos as redes sociais como forma de atrair os jovens. Nós temos um núcleo para esses debates, para chamar os jovens de dentro das comunidades, das regiões e dentro do próprio movimento.”, explicou Caíque Souza, do povo Wapichana, fotojornalista e assessor de comunicação do (CIR).



Caíque também destaca que a comunicação na luta indígena acaba sendo natural.

“Na minha visão, quando crianças, somos inseridos dentro deste campo. É natural falarmos sobre direitos. Então, estudei Geografia durante quatro anos, mas senti que o curso não era o que eu estava procurando. Eu queria me comunicar. Em uma roda de conversas no Insikiran, vi uma jornalista indígena falando sobre o CIR e aquilo despertou algo em mim, entendi que poderia utilizar minha câmera como ferramenta, também poderia trabalhar o conceito de comunicação indígena da minha forma” - Caíque Souza.

 

A jornalista indígena em questão, é Ariene Susui. Também do povo Wapichana, ela destaca a importância da representatividade e da comunicação na luta pelos direitos indígenas. "Joênia Wapichana, Davi Kopenawa e Raoni Kayapó são referências. A comunicação é fundamental para preservar nossa cultura e lutar pela justiça. Nossa diversidade e vivência vão além dos estereótipos impostos".

Ariene Susui destaca a importância da representatividade e da comunicação na luta pelos direitos indígenas. Foto: Arquivo pessoal.

A comunicação indígena é uma ferramenta poderosa na luta contra a invisibilidade e estereótipos. Ariene Susui enfatiza: "Compartilhar nossas histórias é essencial para a preservação cultural e a luta por um futuro sustentável e inclusivo. Somos diversidade e a nossa vivência vai além do que é imposto. Cada rosto, cada corpo, cada história tem uma importância única e rica”, explicou.

 

* Grupo 5. Conteúdo experimental produzido no escopo da disciplina JOR53 – Jornalismo Especializado I.

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