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Foto do escritorBryan Chrystian

ELEIÇÕES 2018 - Transição começa a revelar os desafios de Denarium

Atualizado: 12 de dez. de 2018

Por Luiz Valério

O governador eleito Antônio Denarium montou uma equipe de transição multidisciplinar para analisar os dados fornecidos pelo atual governo

Está cada vez mais perto o dia da mudança de governo em Roraima e no Brasil. Por aqui está em andamento o processo de transição, iniciado no dia 21 de novembro. O governador eleito Antônio Denarium (PSL) escalou uma equipe composta por técnicos com especialidades diversas, oriundos das mais diversas áreas da administração pública e privada, para acompanhar este momento de transição. Buscou ainda o apoio de consultores do Movimento Brasil Competitivo (MBC), ONG criada pelo bilionário Jorge Paulo Lemann, em 2001, e financiada pela iniciativa privada.

O MBC se coloca como missão "aproximar os setores público e privado" e "promover a gestão de excelência com o objetivo de ampliar a competitividade nacional, o aumento da capacidade de investimento do Estado e a melhora dos serviços públicos essenciais oferecidos aos brasileiros". Integrantes do Movimento estão em Roraima há uma semana, acompanhando o processo de transição e serão os responsáveis por analisar os dados fornecidos pela equipe de governo de Suely para os assessores que vão compor a administração de Denarium.

Os primeiros contatos com as informações e dados fornecidos pela atual gestão, ao que parece, já deixaram o governador eleito reassabiado. Além da dívida de R$ 2 bilhões, resultante de empréstimos contraídos ainda na gestão de José de Anchieta (PSDB), e que são pagos de forma parcelada a duras penas, ao custo da saúde financeira do estado, já foi detectada uma dívida corrente de mais de R$ 1 bilhão. Esse débito é fruto do atraso de salário de servidores e pagamentos não quitados de fornecedores. Ou seja, o rombo nas contas públicas se mostra cada vez mais profundo.


Não haverá outro jeito para o próximo gestor a não ser cortar na própria carne. Sem dó nem piedade. Denarium garante que quando assumir o governo vai fazer uma reforma administrativa ampla, com o objetivo de fundir e/ou extinguir secretarias desnecessárias. Assim, pretende economizar recursos para investir nas áreas prioritárias. O corte drástico de cargos comissionados também faz parte das providências a serem adotadas. Outra medida, disse ele, será convocar para o trabalho todos os servidores concursados que estejam à disposição. "Todo mundo vai ter que trabalhar. Vamos acabar com essa história de servidor que recebe sem trabalhar", afirmou.

Fato é que a situação financeira de Roraima entrou em colapso. O estado respira por aparelhos. Ainda que adote todas as medidas austeras anunciadas acima, não se pode esperar que a situação periclitante do estado mude como que num passe de mágica. 2019 será, inevitavelmente, um ano de arroxo. As dificuldades financeiras certamente vão perdurar.

Os percalços financeiros tendem a continuar até 2020, talvez com alguma leveza, a depender de como a economia do país se comportar até lá (mas não podemos ter excesso de otimismo). O certo é que todos nós, que vivemos neste pedaço extremo do Brasil, deveremos estar preparados para dois anos difíceis. Quem sabe a partir do terceiro ano de governo de Denarium, se ele fizer tudo certo e adotar medidas austeras e responsáveis, o horizonte que ora se afigura nebuloso possa estar menos assustador. Quem sabe?!

Esperar menos que isso é pecar por excesso de otimismo.

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