Por Carlos Barroco
Pensávamos que os blackouts oriundos de Guri eram a única forma de deixar o estado nas sombras, mas a operação escuridão mostrou à população o contrário.
Realizada pela polícia federal, a operação cujo nome faz referência à nona praga bíblica do Egito, que veio após aos Gafanhotos, na qual o povo foi colocado sob trevas em razão das ações do Faraó, tem como objetivo investigar um desvio de recursos públicos do sistema penitenciário de Roraima em contratos fraudulentos que somam R$ 70 milhões.
A operação conta com 11 envolvidos, dentre os presos temos um deputado estadual recém-eleito, um secretário de estado e um ex-secretário, além de Guilherme Campos, filho de Suely Campos (PP) que é atual governadora de Roraima e tanto alega que o estado estaria quebrado e endividado devido a falhas na gestão anterior a sua.
A mesma governadora também que há cerca de duas semanas deu uma festa para comemorar o aniversário de um dos filhos e o batizado de um dos netos. O evento com direito a atrações, comidas e bebidas a gosto enquanto esposas de policiais que protestavam em frente à residência buscando a regularização dos salários dos maridos eram agredidas verbalmente por uma das filhas de Suely e ameaçadas por seus seguranças.
Com tudo isso não deixa de ser curioso lembrar que em setembro desse mesmo ano Suely Campos viajou à Venezuela para uma reunião com o presidente do país, Nicolás Maduro para falar sobre questões energéticas referentes ao Linhão de Guri. Alguém deveria ter avisado Suely que se o intuito era evitar a escuridão chegar ao estado ela não precisaria ter ido tão longe, bastava dar uma passada no Ministério Público de Roraima.
Parece que finalmente e quem sabe somente dessa vez a “escuridão” afetou Roraima a ponto de incomodar a família Campos.
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