Negativa das famílias para a doação ainda é entrave
Por Jéssica Cruz
Instalada em 2015, a Central Estadual de Transplantes de Roraima – CET-RR passou a integrar o Sistema Nacional de Transplantes com o início dos trabalhos de notificação dos potenciais doadores de órgãos.
Em Roraima já foram realizados 5 procedimentos de captação de órgãos e encaminhados em voos da FAB para hospitais da Unidade da federação que compõe a fila do transplante.
Para o Coordenador Estadual da Central de transplantes, Dr. Douglas Teixeira, Roraima em breve passará a realizar não somente a captação, mas sim o transplante de fato. “Em breve teremos os transplantes de córneas e rins realizados aqui para atender a nossa população".
O que chama atenção é o número de negativas familiares para a doação de órgãos no Estado abaixo da média nacional, “enquanto a média do país dada pela métrica por milhão de habitantes, é de 50%, em Roraima esse número cai para apenas 30%, ou seja, 70% das famílias ainda se recusam a doar os órgãos de entes queridos”, destacou o coordenador da CET-RR.
A central Estadual funciona em conjunto com as comissões intra-hospitalares e doações de órgãos, no estado essa comissão é composta por médicos do Hospital Geral de Roraima e Hospital da Criança, Santo Antônio, que são os hospitais notificadores e captadores, com a monitoria de todo o processo em conjunto com a central nacional de transplante todo o acompanhamento do órgão, distribuição, avaliação e logística para serem transplantados.
Atualmente, o corpo técnico da Central é formado por cinco pessoas, entre médicos, enfermeiros e administrativo. As atividades funcionam anexas ao prédio do TFD, localizado Av. Brigadeiro Eduardo Gomes, 1364/2, Bairro Aeroporto, funciona de segunda-feira a domingo, sendo que o atendimento ao público é realizado nos dias úteis (de segunda a sexta) das 08h às 12h. O telefone de contato é o (95) 3624-4049 e o e-mail é o transplantesrr@gmail.com.
Para o presidente da Associação dos Transplantados Renais de Roraima - Starred, Silvio Teixeira, “é preciso ressaltar a atenção da população sobre a necessidade da doação de órgão. A doação salvou a minha vida, e pode salvar a vida de muitos que ainda estão à espera de um órgão e ter o serviço de transplante no próprio estado é um enorme avanço devido a necessidade de estar próximo a família e os custos de se manter fora do Estado durante a fila do transplante”. Ressaltou Teixeira.
De um mesmo doador, é possível retirar os seguintes órgãos e tecidos para transplante: coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele e ossos. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos. Basta informar a família sobre o desejo de ser um doador de órgãos.
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