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Procrastinação é preguiça ou pode ser algo relacionado ao nosso emocional?

Por: Emilly Duarte e Emily Tenente


A procrastinação está presente na vida da maior parte dos indivíduos. Algumas pessoas conseguem ser mais produtivas e organizadas, enquanto outras nem tanto. Porém são poucos aqueles que nunca deixaram alguma atividade para depois. Por conta disso, a procrastinação sempre foi associada à preguiça ou falta de vontade. No entanto, a psicóloga Lusia Barbosa, explica que a procrastinação pode ser uma causa acometida por alguma falha no sistema emocional da pessoa.

“A procrastinação, embora pareça preguiça, é bem diferente desse estado. Primeiramente o preguiçoso, normalmente, não sente desejo de realizar suas responsabilidades, já o procrastinador tem a intenção de fazê-la, é nesse momento que é preciso analisar se aquela pessoa não está passando por alguma dificuldade em regular suas emoções seja ela relacionada, por exemplo, ao trabalho, estudo ou até mesmo na sua saúde”, pontua a psicóloga.

Psicóloga Lusia Barbosa - Foto: Arquivo pessoal

A psicóloga ainda esclarece que o conceito de procrastinação é definido como um adiantamento voluntário que vai além de adiar uma atividade ou dever. “É importante pontuar que a procrastinação na maioria das vezes está relacionada a pensamentos negativos ou medo de errar, pois ao longo do tempo essas pessoas vão adquirindo algumas crenças de negações como insegurança, sentimento de incapacidade e até mesmo medo de julgamentos caso elas realizem determinada atividade de forma errada”, relata Lusia Barbosa.

O adiamento dos compromissos ou deveres pode causar um alívio momentâneo, pois de certa forma ele acaba diminuindo a ansiedade transformando a tardança dessas atividades em uma recompensa cômica.

“Há muita carga emocional por trás dessa situação que vão desde a sensação de angústia ou incompetência, pelo fato da pessoa procrastinadora sentir que não é capaz de realizar suas obrigações, então aparentemente é mais fácil deixar de fazer determinadas funções que nos causa estresse ou até mesmo insatisfação para depois, porém essa escolha te prejudica e fecha ainda mais o círculo vicioso da procrastinação”, explica à psicóloga Lusia Barbosa.

É o caso da estudante de Comunicação Social, Nascilene Araújo, que conta que um dos motivos que a faz procrastinar principalmente na universidade é o medo de não conseguir alcançar os objetivos que cada disciplina propõe.

Acadêmica de Jornalismo, Nascilene Araújo - Foto: Arquivo Pessoal
“É muito frustrante você querer se dedicar a algo e não conseguir, eu sinto isso todas as vezes que eu começo alguma coisa, porque no fundo eu tenho um sentimento de que não sou capaz de realizar o que é pra ser feito. Particularmente, nos dias que estou sobrecarregada com algum tipo de estresse ou ansiedade é o momento que eu mais me desespero e adio ainda mais minhas atividades por encontrar naquele instante um período de tranquilidade”, relata Nascilene Araújo.



É fundamental que a procrastinação não se torne regra na vida da pessoa e quando você perceber que mesmo colando em prática algumas estratégias para melhorar seu tempo e organização não estiverem dando certo, e que isso está te prejudicando seja na sua vida profissional, no desempenho acadêmico ou na sua relação social, a recomendação é que procure um atendimento psicológico para que durante esse acompanhamento você consiga identificar quais são esses pensamentos e sentimentos negativos que estão fazendo você adiar coisas que são importantes para sua vida.



Com o apoio psicológico você vai criando novos hábitos que claro, é um processo, pois criar novas rotinas não é rápido, porém com a prática desse novo repertório de comportamento é uma forma saudável de você não ter tanto sofrimento e carga emocional no momento que for necessário realizar alguma atividade ou compromisso.

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