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Praças públicas se tornam alternativas para boavistenses saírem do sedentarismo

População de Boa Vista tem buscado se exercitar em locais públicos e gratuitos

Por Willians Dias


Um estudo do Ministério da Saúde em parceria com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) revelou que, nos últimos dez anos, a quantidade de atletas corredores aumentou 194% no país. A pesquisa também revelou que a procura pelas modalidades de luta, incluindo artes marciais, como o judô, o karatê e o kung fu aumentou em 109%.


De acordo com o estudo, a prática da caminhada é o exercício mais comum, sendo praticado por 33,6% da população. Em seguida, aparecem a musculação (17,7%), o futebol (11,7%) e as lutas e artes marciais com (2,3%).

Arte: Willians Dias

O mesmo estudo, divulgado em 2019, mostrou que Boa Vista é a quarta capital brasileira com maiores índices de inatividade física regular, cerca de 15,3%, conforme o levantamento. Mesmo com os baixos índices, as praças públicas têm auxiliado a população na prática da atividade física.


De acordo com a farmacêutica, Ane Shin, a possibilidade de ter um espaço aberto para exercícios físicos auxilia a população a sair do sedentarismo. “Eu tinha o hábito de praticar exercícios físicos, mas por conta do trabalho eu não tenho tido tempo o suficiente para praticar e hoje estou saindo do sedentarismo. A presença de um espaço aberto me motivou a voltar a fazer exercícios físicos. É um ambiente agradável”, disse.

Quadra de vôlei do Complexo Ayrton Senna, Boa Vista. (Foto: Willians Dias)


A Vigitel considera que o indivíduo fisicamente inativo é aquele que não pratica qualquer atividade física no tempo livre e que não fazem esforços físicos relevantes no trabalho, não participam de limpezas pesadas em casa ou não se deslocam para o trabalho ou para a escola a pé ou de bicicleta.


Segundo a servidora pública, Lieda Rios, a desejo de correr surgiu da necessidade de fazer alguma necessidade física. “Eu saio do trabalho e venho a praça correr. A vontade de fazer corrida surgiu de repente. Surgiu a vontade e a necessidade de fazer, com a idade a gente vai ficando muito sedentária e a gente se ver na necessidade de fazer alguma atividade física e eu decidi correr. É mais fácil. Eu adoro correr mais do que malhar”, disse.


Para a servidora pública, o espaço aberto é mais atrativo para os atletas. “O espaço aberto é bem melhor, porque é mais chamativo para a população. É uma forma de chamar mais a população para prática da atividade física. Gosto de sair do trabalho e vir à praça mais próxima para correr’, ressaltou.


No conjunto de 27 cidades brasileiras, a frequência da prática de atividade física no tempo livre equivalente a 150 minutos de atividade moderada por semana foi de 38,1%, sendo maior entre homens (45,4%) do que entre mulheres (31,8%).

Foto: Willians Dias

“Quando tenho um tempo livre, costumo correr em praças e pra mim é mais confortável posso fazer minha caminhada e não pago nada por isso. Acredito que locais assim devam ser mais utilizados pela população e as autoridades investirem mais em espaços como estes”, enfatizou a dona de casa, Maria Lima.

AUXÍLIO PROFISSIONAL - A prática do exercício físico deve ser assistida por um profissional. De acordo com a professora de educação física, Hérika Santos, mesmo que o exercício seja feito em locais públicos, o acompanhamento de um profissional qualificado é fundamental. “Praticar exercícios salva vidas. Mas é importante saber que um exercício executado de forma errada uma única vez pode gerar uma lesão que talvez perdure por muito tempo! Mesmo que os exercícios sejam executados em locais públicos é imprescindível que sejam direcionados por um professor de educação física”, destacou.


“Caso a pessoa tenha pouca disponibilidade financeira, pode procurar academias menores, e se encaixar em alguma modalidade. Caso o orçamento ainda esteja pequeno, junte um grupo de amigos , façam uma vaquinha e contratem um professor para que atenda todos no mesmo horário ou procure algum projeto social ofertado pelo poder público neste sentido de atividade física. Evite treinar pela sua própria conta sem o auxílio de um profissional. Muito provavelmente, sua execução será errada e recorrerá em lesões futuras”, completou a professora.

Vídeo: Willians Dias

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