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ELEIÇÕES 2018 - Para chegar em Roraima, vire à direita

Atualizado: 12 de dez. de 2018

Por Carlos Barroco


Foto: Reprodução Twitter

Roraima foi um dos estados brasileiros que teve uma maioria esmagadora de votos voltados para o presidente eleito Jair Bolsonaro. Foi um total de 183.268 votos destinados ao então candidato, cerca de 71,55% contra 28,45% dos votos válidos destinados ao petista Fernando Haddad, mas por que isso? Alguém já se perguntou o motivo desse favoritismo tão específico pelo capitão?


É no mínimo curioso fazer um paralelo da situação de Roraima, mais precisamente sua capital Boa Vista onde é concentrada a maioria da população do estado, com os ideais claramente direcionados à pensamentos de direita de Bolsonaro.


Sendo o estado com menor PIB do Brasil, Roraima está longe possuir uma metrópole, conta com poucas empresas, indústrias e muitos afirmam que vive de migalhas vindas de Brasília. Grande parte da população almeja passar em algum concurso para ocupar um cargo público direciona seus votos a alguém que defende privatizações de estatais, por quê?


Há quem diga que todos esses são os principais motivos de buscar uma mudança de perspectiva para Roraima, mas será que a população do estado chegou a mudar sua perspectiva para o futuro do estado? Desde às eleições de 1989, com exceção de 2002, Roraima vota em tucanos e em demais candidatos que seriam considerados como a direita brasileira e convenhamos que o PT passou longe de ser considerado o partido favorito dos Roraimenses quase que desde sempre.


Muito se falou nessa eleição que os votos roraimenses direcionados a Bolsonaro seriam para uma espécie de “respiro” contra o comunismo, no extremo norte eleitores do capitão diziam viver na pele, devido as imigrações, o grande mal que um governo de esquerda poderia fazer à um país, entretanto até 2005 durante o Governo de Chávez nossos vizinhos ainda tinham o PIB per capita mais elevado da América Latina (ajustado pela paridade do poder de compra) e nenhum problema para pagar suas contas e mesmo assim se dependesse nós nas eleições de 2006 o presidente eleito seria Geraldo Alckmin (PSDB).




Se grande parte desses motivos para os roraimenses elegerem Bolsonaro e tornarem Roraima, ao longo das eleições, abertamente de direita não apresentam muita coerência o que faz com que o estado cuja a capital é a 8° cidade com maior número de indígenas acabe votando em quem já defendeu a exploração dessas terras?


Podemos concluir então com a seguinte metáfora: a direita, para Roraima, é como paçoca com banana: não é um escape para não morrer de fome e sim uma questão cultural vinda de berço.

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