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HADDAD 13 - Candidato afirma que a democracia está em risco

Atualizado: 11 de dez. de 2018

Por Ana Lucia Montel, Fabrício Araújo, Rafaela André e Sandeivyde Alves


Foto: Uol

Nesta quinta-feira, 18 de outubro, a jornalista Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de São Paulo, denunciou a compra de pacotes de mensagens, que seriam disparadas em massa contra o Partido dos Trabalhadores (PT), por meio de um aplicativo de compartilhamento instantâneo (whatsapp). A denúncia também afirma que, antes do segundo turno, era preparado um grande impulsionamento nas redes sociais.


Empresários que apoiam a campanha do candidato à presidência Jair Bolsonaro, por meio de doações ilegais e não declaradas, assinaram contratos de até R$ 12 milhões pelo serviço ofertado por agências digitais. A prática ilícita consiste na distribuição viral, que pode utilizar a base de usuários do beneficiado ou de terceiros. A reportagem apontou a loja de departamento Havan como uma das compradoras.


De acordo com advogados do PT, a ocorrência é vista como abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicações digitais pela oposição, e pode ter influenciado os resultados do primeiro turno. De forma igual, protocolou no mesmo dia, uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, movida pela senadora Gleisi Hoffmann, para que haja igualdade entre os presidenciáveis. Buscas foram solicitadas desde empresas, para que documentações relativas à contabilidade sejam averiguadas até quebra de sigílos bancário, telefônico e informático. Para Gleisi, houveram lavagem de dinheiro e fraude.

O Partido Democrático Trabalhista também se manifestou e alegou que a disseminação de notícias falsas prejudicou a candidatura de Ciro Gomes e pede a anulação da eleição presidencial.


Nas redes sociais, Fernando Haddad se posicionou, afirmando que a democracia está em risco, pois a produção de fake news difamatórias contra ele, direcionadas por Bolsonaro, é realizada através de dinheiro sujo, o caixa dois. Também criticou a ausência de Jair nos debates, afirmando que o adversário " não se apresenta ao povo porque é covarde".

Por outro lado, a coordenadora jurídica campanha de Bolsonaro, Karina Kufa, disse que tais denúncias são desconhecidas e que as empresas mencionadas na matéria são desconhecidas e não existe nenhum vínculo com o candidato. Outro ponto ressaltado é que não é possível ter controle sobre o conteúdo partilhado e não autorizado. Segundo ela, a justiça será acionada contra Haddad.


Em nota, aassessoria de imprensa do whatsApp disse que estar proativamente banindo centenas de milhares de contas durante o período eleitoral brasileiro. Que a empresa possui tecnologia de ponta para detecção de spam, o que identifica contas com comportamento anormal ou automatizado, para que estas não sejam usadas para espalhar spam ou desinformação. Porém. como as mensagens são criptografadas, não é possível ter acesso ao conteúdo veiculado, mas há ferramentas para identificação de atividades suspeitas.

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