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Foto do escritorFabio Almeida

Em 2 anos, incidência do Aedes aegypti reduz 73% nas residências de Rorainópolis

Atualizado: 27 de out. de 2021


Atividades agentes de endemias. Foto: SEMSA/Rorainópolis

O segundo maior município de Roraima enfrentava em 2019 um índice de infestação predial, pelo vetor de 17,4%, no último LIRAa, concluído em junho de 2021, o índice de infestação foi de 4,6%, a redução de 73% diminuiu o risco de adoecimento das pessoas, apesar de manter o risco de epidemia, por ter uma infestação predial superior a 4%.


“Desde 2019 ampliamos em 86% o número de visitas domiciliares”, afirma Clayson Oliveira, Coordenador de Vigilância em Saúde do município de Rorainópolis.


Segundo Oliveira, a ampliaçam das visitas domiciliares e a efetiva participação da comunidade foram fundamentais para redução da infestação predial.


Os bairros que apresentavam maior incidência do vetor Aedes aegypti passaram a receber uma visita a mais das equipes de endemias e agentes comunitários de saúde, superando desta forma as 4 visitas obrigatórias definidas no programa nacional de combate as arboviroses. A estratégia permite, a gestão do SUS de Rorainópolis, idealizar a meta de chegar ao final do primeiro LIRAa de 2022 com um índice de infestação predial abaixo de 1%, declarou Oliveira.


Coordenador Clayson Oliveira, Foto: Fábio Almeida

Principais criadouros do mosquito Aedes aegypti encontrados em Rorainópolis


As visitas domiciliares demonstram que a predominância dos criadouros encontrados são resultado do descarte irregular dos resíduos domésticos, a exemplo de copos descartáveis, brinquedos de crianças, latas, tampas de garrafa pet, pneus e vasilhas em geral. Por isso, “a importância da participação da população no controle do vetor”, afirmou o coordenador de Vigilância em Saúde.

Agente de Endemias eliminando criadouro. Foto SEMSA

Oliveira aponta ainda que a intermitência no fornecimento de água contribui para o risco de proliferação do vetor, devido a necessidade das pessoas terem que armazená-la em recipientes, muitas vezes não protegidos corretamente. “Fossas fora dos padrões adequados ao uso também contribuem para a proliferação do Aedes aegypti, em nossa área urbana”, segundo Clayson Oliverira.


Educação em Saúde como ferramenta de combate as arboviroses


Os agentes de saúde e de endemias foram zoneados permitindo esforços nas localidades que apresentavam maiores indíces de infestação. Segundo Oliveira, a partir desta estratificação, as equipes foram qualificadas para que, além da eliminação dos criadouros, realizassem o processo de sensibilização da comunidade sobre a importância da sua participção no controle das arboviroses e as consequências do adoecimento para as pessoas, sociedade e economia, "essas diretrizes permitiram uma melhora da interação com a comunidade".

O registro da visita domiciliar Foto: SEMSA

Para Oliveira, a sensibilização da população e a rotina de trabalho das equipes de saúde permitiram ao município chegar a esse resultado positivo, “não nos encontramos com um índice de infestação adequado, pois estamos ainda com risco de epidemia em nossa cidade. Mas, o trabalho em parceria com a população, demonstrando como ela é corresponsável no controle destas endemias possibilitarão melhorarmos estes índices”, falou Oliveira.


Presença do Aedes albopictus em Rorainópolis


Estudos realizados no ano de 2015, publicados na revista eletrônica ambiente (https://periodicos.uerr.edu.br/index.php/ambiente/article/view/242) demonstram que no município além da presença do vetor tradicional de transmissão das arboviroses, existe confirmado, na vila Jundiá, a presença do Aedes albopictus.


Essa espécie possui a capacidade de colonizar criadouros naturais, nas matas, a exemplo de troncos de árvore e folhas no peridomicílio, além de possuir capacidade de se reproduzir dentro dos domicílios urbanos, possibilitando desta forma um processo de interiorização das arboviroses para o meio rural.

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