A data que marca a relevância dos profissionais da comunicação e sua dedicação em fornecer informações precisas, imparciais e de qualidade.
Foto: Grazy Maia
1º de junho, marca a liberdade de expressão e a importância do jornalismo para a sociedade, desempenhando um papel de relevância, a celebração se dá em homenagem ao jornalista e político brasileiro Hipólito José da Costa, que foi pioneiro na imprensa brasileira no início do século XIX, com a publicação do jornal Correio Braziliense.
O dia dedicado à imprensa, ressalta sua importância, principalmente no que diz respeito ao papel fundamental na formação de opinião pública e a data ainda tem como objetivo lembrar dos desafios enfrentados pelos profissionais da imprensa, pois como a defesa da liberdade de imprensa, uma vez que a era digital trouxe consigo a expansão do acesso à informação, mas também o desafio de combater as fake news e a desinformação. Portanto, os jornalistas têm a responsabilidade de garantir a veracidade das informações, investigar fatos e apresentar um retrato fiel da realidade, em um mundo em que a velocidade da informação muitas vezes supera a busca pela precisão, como afirma o presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de Roraima (SINJOPER), Paulo Thadeu.
"A imprensa em RR, assim como em todo o Brasil e a nível mundial, não é diferente. Ela tem o diálogo com a sociedade, tem o combate, tem o envolvimento. E quando falamos nesse contexto, estamos falando de todas as classes sociais, e a imprensa por si só, são os veículos atuantes, sejam tv’s, jornais impressos, rádio ou web”, destacou.
No cenário da amazônico, Thadeu ressaltou que a imprensa enfrenta desafios ainda maiores, sobretudo, da democratização da informação.
“Quando falamos de imprensa, é importante destacar a democratização da comunicação E em se tratando de Roraima, não tem como dissociar a imprensa de toda a Amazônia. É uma imprensa que luta, que critica, em alguns momentos são atores que fazem como que ela seja independente e trazendo o diálogo para a classe mais baixa, mas também acaba se elitizando quando grandes proprietários ocupam esses veículos de comunicação com o viés elitizado e com discursos que vão contra a sociedade fraterna.
Entre os maiores desafios enfrentados na Amazônia estão os interesses distintos.
“Não tem como se discutir meio ambiente sem apresentar os dois lados da moeda, ou seja, um lado que destrói, que queima, polui e segrega o lado que defende o latifúndio, e o outro lado são os que defendem a Amazônia, os nossos rios, os animais, que defendem a fauna e flora de modo geral, e faz a defesa da terra. Então vem a pergunta: de que lado a sociedade de diversas classes irá ficar? E a imprensa provoca esse debate diário e sistemático”, frisou.
Mas destaca que esse debate é permanente e cabe à sociedade fazer não só no dia de hoje, e relembra a luta da classe jornalística, por meio da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ)
em relação a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Diploma que tem sido tema de intenso debate no cenário político e jornalístico.
“A Fenaj, ela tem feito um trabalho de luta, através da presidente Samira de Castro, no sentido de defender e de mostrar para a categoria dos jornalistas a luta pelo diploma para exercer a profissão, a luta incessante no sentido de estarmos atuando na defesa dos direitos humanos, e dos menos favorecidos e quando falamos na defesa do diploma, é a qualidade da comunicação, a qualidade da notícia, é a notícia chegando como ela deve chegar, sem vícios, sem perseguições, sem censura, o dia da imprensa serve para defendermos a liberdade de expressão, combater as fake news e lutar pela democratização da comunicação”, pontuou.
PEC DO DIPLOMA
A PEC foi apresentada na Câmara dos Deputados em 2009, em um contexto em que a exigência do diploma de jornalismo para o exercício da profissão havia sido revogada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal no mesmo ano. Com seu futuro ainda incerto, a PEC continua sendo objeto de debate e análise. Levantando questionamentos sobre a importância da graduação na garantia da qualidade e ética na produção de notícias transmitidas à sociedade. Por outro lado, há quem defenda que a exigência do diploma pode representar uma barreira para o acesso de pessoas de fora do ambiente acadêmico ao mercado de trabalho, além de limitar a liberdade de expressão e a diversidade de vozes na imprensa.
Essa data serve para reflexão sobre a importância da classe junto a sociedade. E ressaltar a importância da defesa da liberdade de imprensa e do respeito ao trabalho desses profissionais, que muitas vezes colocam suas vidas em risco para levar a verdade ao público.
Parabéns a toda imprensa que de forma ética e profissional atuam como fontes confiáveis e responsáveis de informações, fornecendo ao público o direito à informação, posicionamento e análise crítica sobre temas importantes que afetam a sociedade.
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