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Desbravando o empreendedorismo feminino em Roraima

Escrito por: Rikaelly Nascimento e Suyanne Sá



Marinalva possui o seu próprio comércio a mais de 10 anos (Arquivo: pessoal)


Quem não quer ter seu próprio negócio? As mulheres estão respondendo cada vez mais que querem sim contruir o seu próprio domínio. E elas estão gradualmente se destacando no meio empresarial em todo Brasil.


De acordo com os dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), realizada pelo IBGE, 9,3 milhões de mulheres estão à frente de negócios no Brasil e em 2018, elas já eram 34% dos “donos de negócio”.


No estado de Roraima não é diferente, as mulheres estão se tornando empreendedoras cada vez mais cedo.


A empreendedora Ionara Santos, co-fundadora de uma agência de marketing visual e audiovisual em Boa vista, sempre teve vontade de ter sua própria empresa, principalmente na área de produções digitais e foi quando a necessidade de seguir adiante chegou.


“O início foi bem conturbado, não foi uma escolha do tipo ‘ah, acho que esse é o momento certo pra abrir uma empresa’, foi por necessidade, então esse caminho é mais complicado, quando eu vi muitas pessoas dando feedbacks maravilhosos e inspiradores. Além de ver todo o esforço final sendo concluído é gratificante” relatou a empreendedora.


Em concordância, a empreendedora Isabela Barreto, co-fundadora e sócia de Ionara, também afirma que a vontade de ter seu próprio negócio veio pela necessidade do presente, pois isso até então era apenas uma ideia futura.


“Eu estava passando por umas situações muito complicadas na minha vida pessoal e dentro da empresa que eu trabalhava. Então devido eu não estar bem mentalmente naquele momento, eu vi isso interferindo em muitos projetos nossos” desabafou a sócia.


Segundo o economista Ailton Martins do Santos, “apesar das popularizações dos debates sobre a igualdade de gêneros e feminismo em combate ao machismo, ainda é comum ler e ouvir relatos sobre a desigualdade salarial, violência sexual, feminicídio, baixa representatividade política e no mercado de trabalho, além do assédio moral e sexual ser uma das realidades ainda presente no nosso país”


A empreendedora Isabela afirmou sofrer preconceito machista principalmente por clientes homens: “eles nunca acham que somos capazes, não acreditam no nosso potencial empreendedor; enquanto mulheres. Logo, vemos a necessidade de mantermos uma postura mais rígida, para assim, termos o respeito deles”.


Marinalva da Silva, microempreendedora, conta que é empresária há mais de 10 anos, e diz que antes de ter seu negócio estável passou dificuldades para manter sua empresa, e preciisou buscar por outras alternativas.



A empresa da Marinalva Silva (Arquivo: pessoal)


“Sempre tive vontade de ter algo meu, trabalhei muito tempo com várias coisas, já tive açougue, armarinho, já vendi roupas e sapatos, montei distribuidora, mas o importante é que nunca desisti, mesmo com críticas dizendo que não conseguiria e hoje tenho meu comércio, pode ser pequeno, mas é meu” relatou Marinalva.


A empreendedora acrescentou que com a pandemia houve uma urgência em começar a investir ainda mais no seu negócio e, graças a isso, logo seguida conseguiu a sua estabilidade.




O que dizem os especialistas


De acordo com o economista Ailton, existe um crescimento no número de mulheres na área de empreendedorismo, o estado de Roraima ainda não possui números exatos.




Segundo informações do IBGE, mais de 13 milhões de brasileiros estão sem ocupação formal e o desemprego a longo prazo atinge mais fortemente as mulheres. Esse período corresponde também à crise econômica que afetou o país e levou ao aumento do índice de desemprego.


O também economista, Márcio Gondim, afirma que gradativamente temos mais mulheres provedoras de família, onde somente elas são a fonte de renda de uma casa, e, por isso, acabam buscando no empreendedorismo o seu sustento.


Existem diversos empreendedores que não possuem o conhecimento dos direitos e deveres previstos na constituição brasileira. Por isso, ele aconselha que todos mantenham os seus negócios dentro das leis previstas.


“A carga tributária no nosso país é muito pesada, apesar disso ainda se consegue empreender, consegue declarar, quando se segue esse caminho o empreendedor pode ter acesso à linha de crédito em instituições financeiras, pois é o correto ser regularizado e profissionalizar seu negócio e isto, eles conseguem através do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)” informou Gondim.






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