Os “carimbadores malucos” do Coletivo Poéticas e Linguagens Artísticas Contemporâneas (PLAC) se reuniram no último sábado (11 de fevereiro) para compartilhar experiências e aperfeiçoar suas técnicas de intervenção artística.
O último final de semana começou mais colorido, ao menos na esquina das ruas Sócrates Peixoto e Ana Cecília Mota da Silva, no Bairro Jardim Floresta. O local, sede do Ateliê AmarEllo e do Instituto Cultural Amazoom (ICAM), recebeu no último sábado (11 de fevereiro) os artistas integrantes do Coletivo PLAC – carimbadores malucos, para o seu “Dia de Oficinas”.
Conforme lembrou a Coordenadora do Projeto Leila Adriana Baptaglin, o PLAC surgiu como um projeto de extensão vinculado a UFRR, que transcendeu os muros da Universidade e hoje atua também como um Coletivo de Arte Urbana.
“O PLAC – “carimbadores malucos” – surge de um Programa de Extensão chamado “Poéticas e Linguagens Artísticas Contemporâneas: as transformações dos saberes urbanos pelos processos migratórios” e configura-se hoje também como um Coletivo de Arte Urbana que aposta nas intervenções urbanas como alternativa de inserção, exercício e aprendizado da arte” - Leila Baptaglin.
O professor do Curso de Artes Visuais da UFRR Luís Muller Posca, que participou do dia de atividades, enfatizou que a ação ganhou em importância na medida em que valorizou o diálogo, a troca de experiências e discussão sobre as “possibilidades das intervenções artísticas urbanas na prática”.
"O que rolou hoje aqui foi um encontro muito legal! A gente teve algumas oficinas e fez um momento escuta, de diálogo. Trocamos experiências! Teve pintura; um grafite feito ali fora; teve lambe-lambe; e, foi muito bom. Esse momento de troca com nossos alunos foi muito rico” – Luís Posca.
Programação
A programação do “Dia de Oficinas” do PLAC contou com atividades sobre: Técnicas para Ampliar Desenhos em Paredes, com o artista Kenaldy Alves; Oficina de Lambe-Lambe, com a artista Flora Barreto; Oficina de Grafite, com o artista Daniel dos Santos; Técnicas e Uso de Cores, com a artista Júlia Nunes; e, Oficina de Manutenção de Materiais com o artista Wilson Neto.
A coordenadora do projeto Leila Baptaglin lembrou que, num primeiro momento, a ideia das oficinas foi desenvolver as técnicas acionadas para o trabalho artístico. Mas, enfatizou que vem mais por aí: “Realizamos as oficinas com os integrantes do Coletivo, oficinas de arte urbana que buscaram desenvolver e potencializar nosso trabalho artístico. A proposta, porém, é transformar essa ação, em ação mensal. E, em breve, aberta para o público”.
O artista Daniel dos Santos (o Dan), responsável pela Oficina de Grafite, detalhou a proposta da ação e destacou algumas das técnicas trabalhadas ao longo do encontro:
“Hoje foi um dia muito produtivo para o Coletivo PLAC. A gente teve algumas oficinas de ampliar figuras e para pensar nos materiais. E, também, teve oficina de grafite! Nela a gente fez algumas intervenções, alguns testes – nessa colaboração entre os alunos; uns com os outros. Agora a gente está aqui com a Júlia, que está dando essa oficina de cores, mexendo com as tintas e ajudando a gente encontrar os tons” – Daniel dos Santos.
Júlia Nunes, em sua participação, propôs trabalhar cores e tons na tentativa de contornar uma dificuldade muito presente na execução dos projetos do Coletivo.
“Essa oficina de cores eu trouxe para a atividade porque, quando eu entrei no Coletivo, percebi que a gente tinha muita dificuldade de achar um tom. Quando a gente errava, por exemplo, quando caia alguns pingos aqui e ali – o que é normal – a gente tinha muita dificuldade de achar de novo esse tom. Então, achei necessário trazer isso agora para o PLAC. Normalmente era somente eu que fazia isso, quando tinha os murais que a gente pintava. Agora, ensinando o pessoal e dando esse apoio, acho que todo mundo vai ser capaz de aplicar isso no nos nossos próximos projetos” - Júlia Nunes.
Quem quiser saber mais sobre, dá para acessar as redes sociais do PLAC
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