Por Carlos Barroco, Jéssica Santos e Rodrigo Litaif
Com a eleição se aproximando é sempre bom fazer uma releitura dos governos anteriores, e quando um candidato que já assumiu o posto está se candidatando novamente para o cargo é de suma importância que a população fique ciente do que foi feito em sua gestão, sejam esses aspectos positivos ou negativos.
José de Anchieta Júnior elegeu-se em 2006 vice-governador do estado de Roraima na chapa de Ottomar Pinto pelo PSDB para o mandato de 2007 a 2011. Com a morte do então governador, Anchieta assumiu o governo do estado em 11 de dezembro de 2007. Reeleito em 2010, renunciou ao cargo de governador em 4 de abril de 2014 para ser candidato ao senado.
Empossado em meio a escândalos.
Após ser reeleito para seu segundo mandato, José de Anchieta assumiu o cargo envolvido em escândalos de suposta compra de votos nas eleições. Na época sua mulher, Shéridan, e o procurador-Geral do Estado, Francisco das Chagas Batista, foram gravados tentando aliciar eleitores. Anchieta Júnior respondia a sete pedidos de cassação protocolados na Justiça Eleitoral pelo seu adversário naquelas eleições, Neudo Campos (PP), e pela Procuradoria Regional Eleitoral.
MP ajuíza ação contra Anchieta por fraude em titulação de terras em RR
Em setembro de 2014 o Ministério Público de Roraima (MPRR) ajuizou ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o ex-governador José de Anchieta Júnior (PSDB), sua esposa, Shéridan de Anchieta, o ex-presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Pedro Paulino Soares, e o então diretor de Assuntos Fundiários do órgão, Naldner Pires Menezes da Silva.
Denuncia por desvio de verba
Também em setembro de 2014 o Ministério Público Federal em Roraima ofereceu denúncia à Justiça Federal contra o ex-governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, e o ex-prefeito de Mucajaí, Aparecido Vieira Lopes, por desvio de verbas públicas federais destinadas a uma obra de pavimentação urbana.
O órgão federal acusou os ex-gestores de terem desviado R$ 467.724,24 de um convênio firmado com o Ministério da Integração Nacional. O recurso proveniente da União (R$ 800 mil) foi liberado na integralidade para a execução da obra. No entanto, em inspeção realizada na época pelo órgão federal, constatou-se que mais da metade do serviço não foi executado.
Suspeito de grilagem
Em setembro de 2013 José de Anchieta Júnior foi acusado de distribuir centenas de títulos fraudulentos de terras. Entre os agraciados estariam políticos, juízes de tribunais e também sua mulher, em cujo nome estava um terreno de 1 milhão de metros quadrados adquirido por 25.000 reais.
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