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Foto do escritorFabio Almeida

Agricultoras inaugurarão feira com produtos agroecológicos em Boa Vista


No próximo sábado (28/09/2024), a Associação de Mulheres Camponesas do Lavrado, inaugurará um espaço para comercialização de produtos da agricultura familiar, agroecológicos e convencionais. Entre as 7h e 12h, cerca de 20 produtores e produtoras comercializarão sua produção em frente a praça do bairro Caranã.

 

As pequenas produtoras rurais ofertarão nesse dia hortaliças como alface, cheiro verde, hortelã, capim santo e malva grossa. Tubérculos como batata-doce e macaxeira também estarão disponíveis para aquisição. Frutas como mamão, banana, tomate, tomate cereja, além de legumes como abóbora poderão incrementar os pratos que alimentarão as famílias.


Banca de comercialização no encontro de agroecologia em Boa Vista.

 

Para Adriany Fernandes, assentada da reforma agrária no PA Nova Amazônia (gleba Murupú), que atua na Associação das Mulheres Camponesas do Lavrado “afirmou que a entidade possuía uma boa clientela por meio de uma parceira com o Sebrae. Vendíamos nossa produção alí na rotatória do Caranã”. Com o fim dessa parceria as agricultoras ficaram sem local para escoar sua produção, conseguindo recentemente uma autorização, junto a PMBV, para comercializar a produção em frente a praça do Caranã.

 

A associação das mulheres camponesas do lavrado trabalha apenas com produtos agroecológicos, no entanto viu a necessidade de abrir espaço para que produtores convencionais também participasse da feira a ser realizada todos os sábados no mesmo horário e local. “Promover espaços de comercialização que nos liberte das mãos dos atravessadores é um sonho possível, para isso, precisamos unir os agricultores familiares, por isso convidamos as assentadas convencionais para fortalecer nosso projeto”, afirmou Fernandes.

 

Assentada aguando sua produção de hortaliças

Além da produção agrícola, a feira de sábado (28/09/2024) também terá produtos artesanais como sabão, artesanato, molho de pimenta, doces e proteína animal, especialmente galinha caipira, para ser vendida aos visitantes que ainda poderão usufruir de um espaço tranquilo e familiar de encontros e conversação. Para Rosilene a organização de mulheres enfrenta muita dificuldade na garantia da comercialização de sua produção, “retomaremos um espaço de venda, inicialmente com nossas bancas mesmo, pois estamos sem suporte de nenhuma estrutura governamental ou privada”, afirmou a assentada.

 

Doces estarão disponíveis para venda

O PA Nova Amazônia (gleba Murupú) localiza-se a cerca de 35 quilômetros da área urbana de Boa Vista. As produtoras possuem um custo de locomoção alto e faltam recursos para investir na infraestrutura da feira. A nova iniciativa permitirá que essas mulheres possam melhorar sua segurança alimentar e promover melhores ganhos financeiros, ofertando produtos ecologicamente produzidos que respeitam a vida das pessoas. Visite e compre suas hortaliças, legumes e frutas da semana com representantes da agricultura familiar, esse processo amplia minimamente o combate a alta concentração de renda existente em nossa cidade.

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